1.26 “Execution” (Execução)

Posted: 30.11.10 | Postado por Unknown | Marcadores: , , , 0 comentários
Directed by David Orrick McDearmon
Written by Rod Serling (Estória de George Clayton Johnson)

Em 1880, Joe Caswell está prestes a ser enforcado por assassinato. Assim que a corda aperta no seu pescoço, ele aparece inexplicavelmente no laboratório do professor Manion. Manion explica que ele usou uma maquina do tempo para escolher aleatoriamente Caswell do passado. Mas quando Manion vê as marcas no pescoço de Caswell, ele tenta mandar ele de volta. Eles entram numa briga, e Caswell acaba acertando Manion com uma luminária na cabeça. Caswell tenta escapar para uma rua rua movimentada, mas fica tão abalado com as luzes e o barulho que retorna diretamente para o laboratório.

Procurando a ajuda do cientista, ele percebe que seu golpe matou Manion. Nesse momento um ladrão, Johnson, invade o laboratório. Caswell acerta Johnson e tenta retirar a arma de Johnson dele, mas Johnson se dá bem e estrangula Caswell com uma corda. Enquando Johnson tenta abrir o cofre de Manion, ele acidentalmente ativa a máquina do tempo - e é mandado de volta para 1880, aparecendo na corda que era para Caswell, bem na hora de ser enforcado.

.curiosidades: Rod Serling na narração de abertura tem uma frase que foi reutilizada no episódio “The Whole Truth”, que descreve o personagem da seguinte forma, “Sr. Harvey Hunnicut, que, quando o Bom Senhor distribuía uma consciência deve ter ido tomar uma cerveja e perdeu a sua vez,” similar ao personagem desse episódio, “Sr. Joe Caswell, que, quando o Bom Senhor distribuía uma consciência, um coração, um senso comum deve ter ido tomar uma cerveja e perdeu a sua vez.”

.Thiago Manzo
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1.25 “People Are Alike All Over” (As Pessoas São As Mesmas Em Todo Lugar)

Directed by Mitchell Leisen
Written by Rod Serling (Baseado no conto de Paul W. Fairman)

Um foguete pilotado por dois astronautas viaja numa missão à Marte. Um deles, Marcusson, é um pensador positivo que crê que todas as pessoas são iguais em todo lugar, até mesmo no planeta vermelho. O outro astronauta, Conrad, tem uma visão mais cínica da natureza humana interplanetária. Ao aterrisar, o impacto é tão severo que Marcusson morre. Sozinho, Conrad é consumido pelo medo quando ouve um som rítmico reverberando no casco do navio.

Esperando um mal inominável, sua apreensão transforma-se em alegria quando, abrindo a escotilha, ele vê Marcianos que aparentam humanos, têm habilidades telepáticas e dão a impressão de serem muito amigáveis, especialmente a linda Teenya, que o recepciona e reconforta. A hospitalidade local leva o convidado honrado para sua residência - um espaço interior que foi mobiliado da mesma maneira que uma casa na Terra. Conrad por instantes realxa, mas logo descobre que a sala não tem portas que abrem, nem janelas. Uma parede desliza para o teto, e assim Conrad percebe que ele se tornou uma exibição num zoológico Marciano - Uma Criatura da Terra no seu habitat nativo - como diz no aviso. Nas linhas finais do episódio, Conrad exclama em alto e bom som: “Marcusson! Marcusson, você estava certo! As pessoas são as mesmas... As pessoas são as mesmas em todo lugar!”

.curiosidades: Roddy Mcdowal que faz Sam Conrad fez a série inteira do Planeta dos Macacos e boa parte do cenário, locações e objetos de cena do episódio são de Forbidden Planet.

.Thiago Manzo
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1.24 “Long Live Walter Jameson” (Vida Longa a Walter Jameson)

Posted: 25.11.10 | Postado por Unknown | Marcadores: , , , 0 comentários
Directed by Tony Leader
Written by Charles Beaumont

O episódio que definiu a carreira de Kevin Mccarthy.
Walter Jameson(Kevin Mccarthy), um professor, tem o dom da juventude eterna, e está noivo de uma jovem mulher chamada Susanna Kittridge. O pai da mulher, Samuel Kittridge, descobre a verdade depois de reconhecer o seu futuro genro numa foto da Guerra Civil. Depois de uma conversa, ele deseja compartilhar da imortalidade de Walter Jameson e ser negado(Walter não sabe como compartilhar esse dom), ele recusa a permissão de casar com sua filha. Apesar disto, Walter e Susanna fazem planos para casar(apesar de Jameson não objeções de seduzir, casar e abandonar mulheres ao longo dos séculos, ele confessa a Kittridge que por vezes ele se cansa de sua imortalidade- ainda assim lhe falta a coragem moral para se matar com uma pistola que ele guarda numa mesa.)

Entretanto, Walter é atirado e morto por uma mulher idosa no seu escritório, Laurette, aparentemente uma de suas muitas mulheres e consortes ao longo dos anos(retratada por Estelle Winwood), quem ele abandonou quando ficou velha e frágil enquanto ele permanecia jovem; ela não permitiria que Walter destruísse a vida de uma outra mulher quando ele recusa voltar para ela. Professor Kittridge entra na sala ouvindo o tiro, onde ele vê rapidamente um Walter envelhecendo no chão e morrendo. Na sua morta, Jameson vira apenas uma pilha de pó. Quando Susanna pergunta o que era aquilo no chão, o professor apenas responde “Pó, apenas pó.”

.curiosidades: Kevin Mccarthy viveu tanto quanto o seu personagem (98 anos) e morreu esse ano de 2010 em setembro. Ele recebeu tantas cartas de fãs por esse papel tanto quanto pelo filme “Invasores de Corpos”.

. A cena do envelhecimento de Kevin é extremamente real, feita em uma cena sem cortes, que só poderia ser concebida por ser em preto e branco. As linhas de expressão foram traçadas em maquiagem vermelha. Durante o começo da cena, a iluminação era vermelha e escondia os traços. Enquanto a cena progredia, as luzes eram diminuídas e substituídas gradualmente pelas verdes que evidenciam a cor vermelha. Como era preto-e-branco não se nota a mudança na tela e o resultado é a mudança completa de maquiagem sem cortes.


.Thiago Manzo


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1.23 “A World of Difference” (Um Mundo Diferente)

Posted: 23.11.10 | Postado por Unknown | Marcadores: , , , , 0 comentários
Directed by Ted Post
Written by Richard Matheson

Genial a proposta desse episódio.
Arthur Curtis é um homem de negócios. Um dia ele descobre que seu telefone não funciona mais, e é surpreendido com um grito, “Corta!” Então, ele percebe que seu escritório era um set de gravação. Dizem para ele que “Arthur Curtis” é apenas um papel que ele estava representando, e seu nome real é Jerry Raigan, uma estrela de cinema decadente. Ele tenta achar a casa de Arthur Curtis, mas não encontra nenhuma evidência dela; Agente de Raigan diz que o nome do filme que ele está atuando se chama “O mundo privado de Arthur Curtis” e está sendo cancelado porque eles acreditam que ele teve um ataque nervoso. Raigan/Curtis corre para o set de filmagens, que está sendo desmontado, e exige não ser deixado no mundo sem cuidades de Jerry Raigan.

Logo depois, Curtis reaparece no seu escritório (como era antes), assim que sua mulher chega. Quando ele ouve ecos do ‘estúdio’, ele diz para ela que não vai esperar por férias, estão partindo imediatamente. Espantado com seu comportamento, Curtis apenas diz que ele não quer perder ela. Raigan/Curtis e sua ‘mulher’ embarcam num avião no qual eles ‘desaparecem’. O agente descobre que ele desapareceu - e assim o set é desmontado, um teaser final foca no roteiro deixado na mesa, “Arthur Curtis”, antes de ser jogado no lixo.

Uma incrível definição de medo muito comum sofrido por muitos atores, de ficar preso num papel, ser apenas reconhecido naquele universo, ou até mesmo, do homem normal que já não se sente bem sem estar na sua zona de conforto.

.curiosidades: O diretor Ted Post é muito talentoso e já dirigiu filmes e seriados do gênero como: A volta ao planeta dos macacos e Hang ‘Em High e Magnum Force com Clint Eastwood.

.Thiago Manzo
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1.22 “The Monsters are Due on Maple Street” (Os Monstros Estão Soltos na Rua Maple)

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Directed by Ronald Winston
Written by Rod Serling

O episódio começa no alto verão; Maple Street está cheia de crianças brincando e pais jogando conversa fiada. Uma sombra cruza os céus e um barulho ensurdecedor é ouvido, acompanhado por um clarão. Mais tarde, depois de escurecer, os residentes da rua descobrem que suas máquinas não funcionam mais, e que não há força. Eles se juntam na rua para discutir o assunto. Um deles, Pete Van Horn, se voluntaria para sair da vizinhança e descobrir o que está acontecendo.

Outro residente, Steve Brand, quer ir para cidade mas Tommy diz para ele não sair da rua. Tommy leu no gibi sobre uma invasão alienígena está tomando lugar, e que Steve provavelmente não poderia sair. Além disso - como parte dessa invasão fictícia - os aliens insidiosamente colocaram no meio deles uma família que aparentava ser humana. A falta de força foi feita para isolar e conter a vizinhança.

Entretanto, outro residente, Les Goodman, tenta sem sucesso ligar seu carro. Ele sai do carro, e começa a caminhar para os outros residentes quando seu carro liga sozinho. O comportamento bizarro de seu carro fazem dele, uma suspeita imediata. Uma mulher comenta sobre suas atividades tarde da noite olhando pro céu, no jardim vendo as estrelas. Les apenas diz que é insônia. Mais tarde durante aquela noite, Steve tenta acabar com a situação prevenindo que se torne uma caça ás bruxas. Charlie, um dos vizinhos mais agressivos, pressiona Steve sobre o seu hobby de construir uma radio que ninguém nunca viu. A suspeita agora caí em Steve quando ele sarcasticamente fala que conversa com monstros do espaço sideral. “Vocês estão todos parados querendo crucificar alguém! Só pensam em um bode expiatório! Estão todos desesperados para apontar o dedo em alguém! Bom, acredite, a única coisa que vai acontecer é que iremos nos devorar uns aos outros!”

O pânico cresce quando uma figura misteriosa coberta pelas sombras começa a caminhar na direção deles. Charlie, agora perturbadoramente hostil, pega uma espingarda e atira na sombra, pensando ser um ‘monstro’. Quando o grupo alcança a figura caída, eles percebem que é Pete Van Horn voltando da missão.

Subitamente, as luzes na casa de Charlie retornam e ele entra em pânico quando todos acusam ele de além de assassino, o monstro responsável pela falta de luz. Ele corre para casa enquanto os outros vizinhos o perseguem jogando pedras. Charlie tenta jogar atenção em Tommy, o garoto que trouxe a idéia de uma infiltração alienígena. Luzes começa a piscar em todas as casas; cortadores de grama e carros ligam sem razão aparente. A turba fica histérica, com vizinhos apavorados destruindo janelas, e pegando armas, se dissolvendo numa revolta descontrolada.

O episódio (brilhantemente bem dirigido), corta para um monte próximo, onde é revelado um meteoro. Só que o ‘meteoro’ é na verdade uma nave espacial. Seus habitantes, dois observadores aliens, observam a Rua Maple usando um programa para manipular a força da vizinhança. Eles comentam como foi fácil criar paranóia e pânico, concluindo que essa é a melhor maneira de conquistar a Terra. Deixando que os humanos se destruam.

O medo do pânico sendo tratado de uma forma que hoje em dia pode ser copiada vezes e vezes, mas na época, era muito original esse roteiro.

.curiosidades: Esse episódio serviu de inspiração para vários diretores e escritores incluindo: O Efeito Borboleta e A Névoa.

.Há uma Graphic Novel baseada nesse episódio. Na verdade, há 7 ou 8 graphic novels baseados em vários episódios de Twilight Zone. Publicados com autorização da viúva de Rod Serling e distribuídos pela Walker & Co.

.Thiago Manzo
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1.21 “Mirror Image” (A Imagem no Espelho)

Posted: 13.11.10 | Postado por Unknown | Marcadores: , , 1 comentários
Directed by John Brahm
Written by Rod Serling

Déjà vu: Sensação de ter a certeza de que já presenciou ou viveu aquele momento em alguma situação atual várias vezes. Uma sensação que pode ser aflitiva ou incoerente. Mas uma experiência desagradável, na maioria das vezes. Pior do que o Déjà vu é não se lembrar do que aconteceu enquanto todos se lembram.

Uma jovem mulher de nome Millicent Barnes está esperando numa estação de ônibus para Courtland, para começar um novo trabalho em Buffalo, New York. Olhando para o relógio da parede da estação ela percebe que o ônibus está atrasado. Ela caminha para o bilheteiro e pergunta quanto tempo o ônibus está atrasado, e, o bilheteiro a informa que já é a terceira vez que ela pergunta isso. Millicent nega isso. Conversando com o agente da estação, ela percebe uma mala parecida com a dela na pilha de malas. Ela menciona o fato para o homem que afirma que é a mala dela. Ela não acredita nele até olhar pro banco e perceber que a mala já não está no mesmo lugar. Logo depois, Barnes vai para o banheiro lavar as mãos e a senhora da limpeza insiste ao ser interrogada que é a segunda vez que a vê. Novamente, Millicent Barnes nega e prestes a sair do banheiro, ela dá uma olhada no espelho e vê além dela no espelho, uma versão igual a ela sentada no banco da estação.

Momentos mais tarde ela conhece um jovem chamado Paul Grinstead, que espera o mesmo ônibus. Eles conversam sobre o fenômeno. Paul, tentando acalmar Barnes, diz que pode ser uma anedota ou um desentendimento de alguém muito parecida com ela. Assim que o ônibus chega e ambos se preparam para entrar, Millicent olha pelo espelho e vê ela sentada no ônibus. Chocada, ela corre de volta para dentro da estação enquanto a sua contra-parte encara com uma indiferença maliciosa e satisfação.
Nesse momento a idéia de Déjà vu é posta de lado, estamos muito além disso, além de falhas de memórias ou de acontecimentos passados. Tudo acontece um pouco depois dela perceber. A mala, ela sentada no ônibus e o ato dela se encarar com malícia nos leva á quase um grau de universo paralelo.

Millicent desmaia inconsciente no banco dentro da estação enquanto Paul e a senhora da limpeza a ajudam. Paul concorda em pegar o ônibus das 19.00hrs com ela. Enquanto esperam, Millicent, insiste que a série de estranhos eventos é causada por um duplo seu de algum ‘mundo paralelo’, um próximo, mesmo assim, distante plano de existência alternativo que convergiu com esse mundo por forças naturais, ou não-naturais, por algum evento inexplicável. Quando isso acontece, o impostor malevolente entra no nosso reino. O doppelgänger de Millicent, o mal natural dela, pode sobreviver nesse mundo apenas eliminando sua contraparte boa. A própria Millicent. Proposta interessante, mas ainda me intriga saber como ela chegou nessa conclusão.

Paul diz que a explicação é ‘um pouco metafísica’ para ele(e para mim também), e acredita que a sanidade de Millicent começa a ser afetada com tudo isso. Paul diz a Millicent que ligará para um amigo em Tully que tem um carro e pode levar eles até Syracuse, mas, na verdade ele liga para a polícia. Depois de Millicent ser levada pelos tiras, em um estilo muito presunçoso e exageradamente direto, Paul começa a se acalmar na estação. Após beber em um bebedouro, Paul percebe que sua maleta sumiu. Vendo as portas principais, Paul percebe outro homem correndo por elas para longe da estação de ônibus. Perseguindo esse indíviduo pela rua, Paul descobre para seu horror absoluto, que está perseguindo a própria cópia. Seu rosto, uma máscara de orgulho e excitação maligna. 
Enquanto sua cópia maligna desaparece na cidade, Paul agora começa a perceber sua própria descida infernal numa mistura de loucura, terror e insanidade num futuro incerto.

Um episódio muito difícil de executar com interpretações excelentes, talvez uma das melhores edições de todos os episódios.

.curiosidades: Por mais assustador que seja, esse episódio é baseado em eventos reais! Rod Serling presenciou a sensação de semelhança profundo com um homem muito parecido com ele num aeroporto que estava atrás dele durante a viagem de avião.

.Thiago Manzo

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