1.20 "Elegy" (Elegia)

Posted: 27.10.10 | Postado por Unknown | Marcadores: , , , ,
Directed by Douglas Heyes
Written by Charles Beaumont

Obra prima da série. Este episódio representa o charme e a autenticidade do que é Twilight Zone. Dá pra perceber erros e nuances que tornam o episódio o que ele é, de uma forma positiva. Um clássico.
A premissa é essa: Sem combustível, três astronautas aterrisam sua nave num remoto asteróide bem parecida com a Terra com prédios e pessoas, mas caminhando em sua superfície se perguntam onde estão todos. Não há ninguém à vista e o primeiro lugar que chegam é uma fazenda. Eles procuram mas não encontram ninguém. Ninguém, até verem o fazendeiro, de costas para os astronautas, observando na distância. Se aproximam, batem no ombro dele e falam com ele, mas percebem logo que não passa de uma estátua.

Logo, os homens chegam num fórum onde um prefeito está sendo eleito, cercados por pessoas e uma banda tocando. Eles ouvem a música, mas todos estão parados. Eles encontram também um concurso de beleza, onde novamente todos estão parados. E aí vêm a genialidade do episódio onde numa multidão de pessoas no concurso (que se olharmos com atenção piscam) a câmera se aproxima de um homem que se movimenta assim que eles saiem do local.

Os astronautas procuram mais um pouco, e se sentem mais perturbados ao verem mais estátuas em posições horripilantes. Finalmente, eles se sentem assustados, ao encontrarem um homem que não é uma estátua, Wickwire, o ‘zelador’ do local. Wickwire explica para os astronautas que o asteróide que aterrisaram é um cemitério fundado em 1973 exclusivo para pessoas ricas que morreram que gostariam de ser lembradas pelo seu maior desejo em vida. Disseram a ele, que uma guerra nuclear aconteceu na Terra e demorou duzentos anos para se recobrar (aparentemente, estamos em 2185). Wickwire serve aos homens vinho e pergunta qual era o maior desejo deles. Todos os três respondem que gostariam de estar na nave retornando á casa. Subitamente, eles percebem que a bebida foi envenenada. E assim que morrem, Wickwire(que na verdade é um robô que foi desligado e só liga quando é preciso, como tirar o pó das estátuas) pede desculpas, afirmando que ele precisa manter a tranqüilidade pacifica do cemitério porque homens são incapazes da paz.

Wickwire instala os corpos embalsamados na nave, posando eles em seus lugares e diferentes funções.

Mais uma critica fugaz á Guerra Fria. Imaginar que a intolerância do homem só pode ser prevenida num cemitério de homens onde o zelador, um robô é o único que têm a capacidade de preservar a paz, sendo essa, uma forma de consciência é acreditar realmente no nosso fiel fracasso como raça.

.curiosidades: Os sons de instrumentos dentro da nave também foram usados na USS Enterprise na série original de Star Trek.

.Thiago Manzo

2 comentários:

  1. Ulisses hq disse...
  2. Sensacional a explicação da moral deste episódio. Realmente não havia sacado isso. Essa história tem um tom sombrio, embora possa parecer "engraçado" em certas situações. Agora faz mais sentido para mim o porquê do velho ter sacaneado com os astronautas.

  3. Paulo Neves disse...
  4. Até hoje me lembro do cachorrinho paralisado como se os estivesse observando. Será que era uma foto ou, na pior, empalhado?

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