1.21 “Mirror Image” (A Imagem no Espelho)

Posted: 13.11.10 | Postado por Unknown | Marcadores: , ,
Directed by John Brahm
Written by Rod Serling

Déjà vu: Sensação de ter a certeza de que já presenciou ou viveu aquele momento em alguma situação atual várias vezes. Uma sensação que pode ser aflitiva ou incoerente. Mas uma experiência desagradável, na maioria das vezes. Pior do que o Déjà vu é não se lembrar do que aconteceu enquanto todos se lembram.

Uma jovem mulher de nome Millicent Barnes está esperando numa estação de ônibus para Courtland, para começar um novo trabalho em Buffalo, New York. Olhando para o relógio da parede da estação ela percebe que o ônibus está atrasado. Ela caminha para o bilheteiro e pergunta quanto tempo o ônibus está atrasado, e, o bilheteiro a informa que já é a terceira vez que ela pergunta isso. Millicent nega isso. Conversando com o agente da estação, ela percebe uma mala parecida com a dela na pilha de malas. Ela menciona o fato para o homem que afirma que é a mala dela. Ela não acredita nele até olhar pro banco e perceber que a mala já não está no mesmo lugar. Logo depois, Barnes vai para o banheiro lavar as mãos e a senhora da limpeza insiste ao ser interrogada que é a segunda vez que a vê. Novamente, Millicent Barnes nega e prestes a sair do banheiro, ela dá uma olhada no espelho e vê além dela no espelho, uma versão igual a ela sentada no banco da estação.

Momentos mais tarde ela conhece um jovem chamado Paul Grinstead, que espera o mesmo ônibus. Eles conversam sobre o fenômeno. Paul, tentando acalmar Barnes, diz que pode ser uma anedota ou um desentendimento de alguém muito parecida com ela. Assim que o ônibus chega e ambos se preparam para entrar, Millicent olha pelo espelho e vê ela sentada no ônibus. Chocada, ela corre de volta para dentro da estação enquanto a sua contra-parte encara com uma indiferença maliciosa e satisfação.
Nesse momento a idéia de Déjà vu é posta de lado, estamos muito além disso, além de falhas de memórias ou de acontecimentos passados. Tudo acontece um pouco depois dela perceber. A mala, ela sentada no ônibus e o ato dela se encarar com malícia nos leva á quase um grau de universo paralelo.

Millicent desmaia inconsciente no banco dentro da estação enquanto Paul e a senhora da limpeza a ajudam. Paul concorda em pegar o ônibus das 19.00hrs com ela. Enquanto esperam, Millicent, insiste que a série de estranhos eventos é causada por um duplo seu de algum ‘mundo paralelo’, um próximo, mesmo assim, distante plano de existência alternativo que convergiu com esse mundo por forças naturais, ou não-naturais, por algum evento inexplicável. Quando isso acontece, o impostor malevolente entra no nosso reino. O doppelgänger de Millicent, o mal natural dela, pode sobreviver nesse mundo apenas eliminando sua contraparte boa. A própria Millicent. Proposta interessante, mas ainda me intriga saber como ela chegou nessa conclusão.

Paul diz que a explicação é ‘um pouco metafísica’ para ele(e para mim também), e acredita que a sanidade de Millicent começa a ser afetada com tudo isso. Paul diz a Millicent que ligará para um amigo em Tully que tem um carro e pode levar eles até Syracuse, mas, na verdade ele liga para a polícia. Depois de Millicent ser levada pelos tiras, em um estilo muito presunçoso e exageradamente direto, Paul começa a se acalmar na estação. Após beber em um bebedouro, Paul percebe que sua maleta sumiu. Vendo as portas principais, Paul percebe outro homem correndo por elas para longe da estação de ônibus. Perseguindo esse indíviduo pela rua, Paul descobre para seu horror absoluto, que está perseguindo a própria cópia. Seu rosto, uma máscara de orgulho e excitação maligna. 
Enquanto sua cópia maligna desaparece na cidade, Paul agora começa a perceber sua própria descida infernal numa mistura de loucura, terror e insanidade num futuro incerto.

Um episódio muito difícil de executar com interpretações excelentes, talvez uma das melhores edições de todos os episódios.

.curiosidades: Por mais assustador que seja, esse episódio é baseado em eventos reais! Rod Serling presenciou a sensação de semelhança profundo com um homem muito parecido com ele num aeroporto que estava atrás dele durante a viagem de avião.

.Thiago Manzo

1 comentários:

  1. Ulisses hq disse...
  2. Eu achei esse episódio muito legal. Hoje, histórias assim podem ser clichês, mas há 50 anos atrás, creio que não tanto.

Postar um comentário